Uma das memórias mais aguçadas de nossa infância é o paladar. A lembrança de nossa alimentação na mesa, com a família, nos remete a sempre lembrar a união, a fartura e o carinho, muitas vezes representados nesse encontro familiar. Em uma família de italianos, o horário das refeições é sagrado. Podem acontecer uma ou mais vezes por dia, mas sempre guardam alguma lembrança.
A comida à mesa é farta, repleta de diferentes sabores típicos e extravagantes. Os diferentes gostos enchem a culinária, unindo ou separando, simplesmente, pelo momento de confraternização encontrado na correria do dia a dia. O doce, o amargo, o salgado e o azedo produzem em nossa mente um momento de nostalgia e recordação.
O simples fato de encontro pode simbolizar momentos de enorme alegria, como noivados, pedidos de namoro, demonstração afetiva, contatos de emprego, ou uma conversa de respeito e amizade. Outras vezes, tupo se transformar numa enorme discussão. Não tem problema! Nada que um novo encontro à mesa novamente não resolva. É nesses breves momentos da vida que a família se conhece e aprende uns com os outros.
O que realmente nunca é esquecido é o paladar lembrado dos momentos passados juntos, dos encontros, reencontros e desencontros. Podemos comparar uma alimentação farta com a família a um sentimento guardado da infância e recordações jamais esquecidas.
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